domingo, 1 de agosto de 2010

On Beggars



De vez em quando, me surpreendo com as coisas que acontecem na minha vida. Às vezes parece mentira, às vezes nem eu acredito... Mas como acreditar nessas situações tão bizarras?

Essa semana, o personagem de nossa história não passa de um (não-tão) simples mendigo.

Estava eu caminhando em direção à Praça Santos Andrade, no centro da cidade, quando, ao parar no sinal, um mendigo aproximou-se de mim. Até então, nada de anormal.

O mendigo, desleixado como seus colegas, olhou-me, de cima a baixo, e disse: “Hey, me ajuda a interar para uma salada!” Eu não sei se sou eu, mas... desde quando mendigos comem SALADA??? Só faltava ele dizer “É que eu vou no Au-Au!”

Olhei para o pobre miserável e respondi que não tinha nada, infelizmente,

ao passo que ele levantou uma sobrancelha, a direita se não me engano, e, vestindo uma máscara que misturava sarcasmo e escárnio, respondeu, “É, pra Armani você tem, né chefe?”

Oi, Brasil?! Eu posso apenas imaginar a expressão de choque que instalou-se em mim. Como é que um mendigo daqueles sabia quem era Giorgio Armani? Ou quanto custava? Ou, mesmo, que eu estava usando uma Armani?!

Honestly, depois dessa, eu não sei o que me surpreende mais: Se é o fato de um mendigo qualquer (se bem que aquele um era hardly um qualquer) reconhecer uma autêntica peça da alta costura, ou se é o fato de muitos dos meus amigos não o fazerem.

That’s All, Honey.

Shocked,

r.