quarta-feira, 14 de julho de 2010

On Subspecies

Dando uma rápida olhada ao meu redor, não consigo deixar de pensar que a sociedade humana é formada a partir de uma coleção de subespécies.

Tem, por exemplo, a subespécie dos pedreiros. São caras grandes, suados, que dividem sua atenção em basicamente dois tipos de informação: tijolos e peitos. O pedreiro tem uma sensibilidade visual muito aguçada, superior à maior parte dos seres humanos, mas tem um vocabulário e uma matriz de ações muito limitados. É por isso que o pedreiro lá da laje do 14º andar consegue parar o que está fazendo e ver uma gostosa atravessando a rua lá embaixo. A partir daí, ele se sente compelido, por um instinto de espécie, a estufar o peito e gritar “Ô, lá em casa!”.



Tem também a subespécie das empregadas domésticas. A evolução parece ter imprimido sobre elas um paradoxo reacional. Elas economizam em muitas coisas, e desperdiçam em um sem-número de outras. Por exemplo, qual empregada não economiza limpa-vidros nas janelas externas? Em compensação, elas parecem beber produtos como sabão-em-pó, e tem uma necessidade fisiológica de passar pelo menos 2 horas por dia ao telefone.

Por último, têm os universitários. Esses constituem não só uma, mas várias subespécies - são um filo a parte. Tem a tigrona, aquela menina nerd, que é mal-comida, que lê crepúsculo nas férias, mas que tem um IRA 9.8. Em oposição a ela, no lado oposto da sala, senta a menina da atlética, que é muito bem-comida, que não sabe ler at all, e que tem um IRA.... um tanto abaixo. Tem os caras do diretório acadêmico, que só são comidos por outros caras com a mesma ideologia, que lêem Marx, e que não comentam seus IRAs, por que são contra essa forma de avaliação capitalista. Por fim, tem os vegetais, aqueles que não sabem o que estão fazendo ali. Esses não comem ninguém, não são comidos por ninguém, não tem um IRA digno, e que, por inércia, acordam cedo todos os dias e vão para a faculdade, para que sua presença seja ignorada por todos os outros alunos.

O que será que nos faz cair em um desses padrões? Será a evolução? Será a comodidade de cair em um grupo pré-formado? Será a libido? Será que são os bloggers? O que quer que seja, essa coisa é má. But then again, quem não gosta de uma maldade?

That’s all, honey.

x.o.,

r.

2 comentários:

  1. HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA
    Adoooro o grupo dos universitários... e os exemplos que chegam a minha cabeça
    aham.

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  2. Hahahaha
    Mas os pedreiros e as empregadas não são bem assim porque querem né.

    O grupo dos universitários ficou certo. Eu só não me achei nele, depois me fala?
    hahaha

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